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24 fevereiro 2023

DOCE DE MAMÃO EM ANÉIS

Em Minas Gerais bem antes e desde sempre, os doces eram em calda, compotas. As frutas eram raladas, cozidas numa calda e guardadas em compoteiras. Até nas festas eram esses os doces servidos, bem antes do surgimento dos docinhos colocados em forminhas de papel. O mamão verde era um desses, feitos com ou sem coco ralado. O adoçado com rapadura se faz presente até hoje em algumas mesas. Descendência das cozinhas da época em que havia muita plantação de cana-de-açúcar, assim como engenhos de açúcar e rapadura. 
Mamão é "trem" de mato, de quintal, de buscar na casa da vizinha, do parente. Dá na rua, simplesmente nasce!
Tem até nome na cozinha cuiabana: Furrundum ou furrundu é um doce típico da culinária da cuiabana e também da região do pantanal mato-grossense. Também é facilmente encontrado na culinária do Vale do Paraíba. É feito de cidra ralada ou de mamão verde ralado com rapadura derretida ou açúcar mascavo. E como bem diz o rasqueado cuiabano: "Furrundú é doce do pau, do pau do mamoeiro, até parece com uma dança, mas é só doce caseiro. O doce de mamão verde feito com rapadura e cravos que nada mais é do que o furrundu: 1 kg de mamão verde, 1 kg de rapadura, 6 cravos e a água necessária. Faz-se uma calda com a rapadura e os cravos, e junta-se o mamão verde. Cozinha-se até o doce soltar do fundo do tacho. 
"Misturadas ao açúcar, nossas frutas que por natureza já trazem o dulçor das terras e do sol constante, clima tropical, se tornaram arte sob a batuta de sinhás portuguesas e mãos africanas, que tanto encantaram estrangeiros e viajantes, desde os primeiros anos da colônia. Em Minas Gerais, na região do Serro e Diamantina, a cultura do doce remonta o período colonial. Entre os principais tipos relatados estão rapadura, cocada, pé de moleque, ambrosia, arroz doce e doces de frutas, onde além dos tradicionais de banana, goiaba, abóbora, cidra ralada, etc., e também o furrundu. E como não poderia deixar de ser, as boas receitas atravessam gerações e permanecem nas nossas cozinhas. Os nossos antepassados nos ensinaram a reconhecer as mineiridades que nasceram nos fogões a lenha, nas grandes cozinhas existentes nas casas. 
"As compoteiras de cristal facetado, azul e verde, guardando os doces secos e os doces em calda (outra vez cidra e laranja, e mais figo, mamão, pêssego). A fila de compoteiras, na copa, valia por si só um poema."
Carlos Drummond de Andrade

Encontramos nos mercados e feiras de Minas Gerais, 
prontos, costurados para ir a calda.
E o nosso órgão do gosto que não é somente a língua mas também o cérebro, que traz a cultura e a história que aprendemos e que são transmitidas através dos tempos. 

DOCE DE MAMÃO EM ANÉIS NA CALDA DE AÇUCAR

600g de mamão em anéis
1 colher (chá) de bicarbonato
Água para aferventar os anéis de mamão
PARA A CALDA
1 kg de açucar
07 cravos-da-india
02 cascas de canela
800ml de água

PREPARO
Em água fervendo coloque os anéis de mamão e o bicarbonato ainda com a linha da costura por 5 minutos. Ele fica verdinho. Retire e escorra.
Leve ao fogo o açucar, cravos, canela e água. Ferver por uns 10m. Se formar uma espuma por causa do açucar, retire com uma escumadeira. Coloque delicadamente os anéis do mamão. Deixar ferver e cozinhar sem desmanchar e formar uma calda levemente grossa. Desligue o fogo. Esfriar. Colocar em compoteira ou vasilha escolhida retirando com cuidado a linha. Quando servido em um ou 02 dias depois de preparado o sabor fica mais gostoso.

DOCES MINEIROS, DOCES MOMENTOS

 
Doce de mamão verde ralado com coco fresco

Doce de abóbora com coco

 
Doce de batata doce
Bolinhas de requeijão moreno na calda
Doce de figo
 
Doce de leite

12 janeiro 2023

ARROZ DOCE (comida do afeto, da alma)

Cozinha do afeto, de alimentar a alma!! Arroz doce ❤️
Na receita de hoje trago uma releitura do arroz doce das nossas cozinhas mineiras, da merenda da tarde quando as quitandas saiam dos cadernos de receitas e das habilidades de quem preparava os alimentos.

O histórico gastronômico das merendas das cozinhas mineiras tem uma enorme variedade de afetividade e boas ideias. Afinal tudo que era produzido era próprio, familiar! Período que não tínhamos padarias, supermercados, comércio especializado em pães, biscoitos, bolos, etc.

Surgiram receitas, ideias, onde os ingredientes estavam dentro dos depósitos das casas, das cozinhas, dos quintais, das fazendas, da venda nas esquinas onde faziam o papel de comércio de todas as necessidades de compras, anotadas na caderneta e acertado o pagamento (assim como amizade e a confiança) entre as partes.
O arroz doce era simples, cozido em água, (algumas receitas trazem que eles ficavam de molho por uns minutos antes do preparo para empapar mais). Açúcar, às vezes trocada por rapadura ralada, uma pitada de sal e o leite gordo retirado no mesmo dia completavam o cozimento e formava o espesso creme. Era cozinhar em fogo lento (em fogão a lenha, comum nas cozinhas) até formar um creme doce polvilhado com canela assim que ficava pronto.
Servido quente ou frio, encantava a alma e desfilava tranquilamente entre a merenda ou até como sobremesa.

ARROZ DOCE (uma releitura dos tempos atuais, mas que continua uma delícia)
2 xícaras (chá) de arroz cru lavado e deixado
de molho por 10 minutos em água fria
4 xícaras (chá) de água
Raspinhas da casca de limão a gosto (apenas para dar um toque fresco)
1/2 xícara (chá) de açúcar
2 xícaras (chá) de leite (colocado aos poucos e se necessário um pouco mais)
1 xícara (chá) de leite condensado
100 g de coco ralado grosso (uso o coco fresco)
1 pitada de sal
100g de creme de leite
Canela em pó a gosto

*Ingredientes como leite condensado, coco, creme de leite podem ser colocados a gosto. O importante é que o arroz doce fique bem suculento, a medida que esfria vai ficar um pouco grosso mas bem cremoso.
* O coco pode ser seco e uma forma de retirar mais ainda o seu sabor: retire 1 xícara do leite (medida que está na receita) coloque fervendo por cima do coco e aguarde uns 10 minutos. Vai hidratar e o sabor é delicioso. O leite e o coco vão direto para receita.
PREPARO
Leve ao fogo em uma panela grande (para quando ferver não derramar) o arroz, a água, a casquinha do limão e o açúcar. Deixe cozinhar até ficar macio. Adicione o leite, leite condensado, coco ralado e o sal. Misturar de vez em quando para não grudar no fundo da panela e evitar derramar. Quando estiver no ponto de cozimento desejado coloque o creme de leite, misture e desligue o fogo. Despeje em uma travessa ou refratário, polvilhe a canela em pó. Sirva quente ou gelado.

09 janeiro 2023

Crostini X Bruschetas - Qual a diferença?

Crostines 
Delicia da Toscana . Significa “pequenos brindes” em italiano, é composto por pequenas fatias de pão, geralmente pão toscano, que pode ser servido natural ou torrado. As coberturas podem incluir uma variedade de recheios, queijos, carnes, vegetais ou apresentado na forma simples, com um fio de azeite e ervas, ou um molho.
Bruschetas creme de queijos, figos frescos, 
tomate cereja, manjericão e gergelim

Bruschetas 
Vem de "bruscare", que significa “assar sobre carvão”. Ou seja, na origem italiana além de se utilizar de seu pão típico de fermentação natural, ainda teria de ser feito sobre grelha. O crostines pode ser feito no forno mesmo.
Esfregue um dente de alho cru ou assado nas torradas de baguete, coloque o recheio escolhido, que delícia!!

Assim como a bruschetta, os crostinis tem origem na idade média, quando era típico os camponeses italianos comerem suas refeições em fatias de pão em vez de usar louças.
Crostinis lambuzados de alho assado com creme de ricota e queijos, tomate seco, manjericão, azeite

Na região da Toscana os crostines mais típicos são os de: Fegattini (fígado de galinha); erbe (molho de ervas); funghi (variação de cogumelos conforme a estação); salsicha e stracchino (com queijo stracchino, parecido com nosso requeijão e carne moída da linguiça de porco, que é bem temperada, tipo a linguiça toscana vendida no Brasil só que não defumada.
Bruschetas do Sertão
Em pão de queijo aberto, carne de sol desfiada, creme de requeijão moreno, coentro picadinho

Fotos, texto: Bernadete Guimarães e compilações de livros

03 janeiro 2022

BARRIGA SUINA ASSADA GLACEADA (Panceta)


Hoje não vamos fazer uma panceta pururucada, mas sim macia, agridoce, super saborosa!!

TEMPERO DA BARRIGA

1 barriga suina magra de gordura, gorda de carne cortada em um pedaço quadrado de mais ou menos 25 X 20cm

2 colheres (sopa) de alecrim fresco ou desidratado

1 colher (chá) de páprica defumada

1 pitada de corante

1 colher (chá) rasa de curry

5 dentes de alho ralados

30 ml de suco de limão

Sal a gosto

1 colher (sopa) de azeite de oliva

2 cebolas grandes em pedaços

¼ xícara (chá) de mel

MOLHO GLACEADO

2 cebolas roxas em rodelas finas

1 colher (sopa) de azeite

1 ½ xicara do caldo do cozimento da panceta

¼ xicara (chá) de molho shoyu

½ xicara (chá) de mel

Tempero se necessário.


PREPARO

Dispor a carne em uma assadeira, passar metade do tempero: o alecrim, a páprica o alho, o sal no lado da carne, virar, fazer cortes superficiais na parte da pele e passar o restante do tempero. Polvilhar um pouco de sal grosso (um pouco mais fino) ou sal temperado.

Deixar na geladeira de véspera. Em uma panela de pressão dourar primeiro a parte da pele, depois o outro lado. Selar a panceta dos dos lados. Coloque as cebolas, refogar por 2 minutos. Coloque água até a metade da carne. Tampar e cozinhar por 20 a 25 minutos. Retirar. Em uma assadeira colocar a carne, regar com um pouco do caldo que se formou.

Levar ao forno preaquecido a 180º, assar até o ponto desejado.

MOLHO GLACEADO 

Refogue a cebola na azeite, acrescente o caldo do cozimento, o shoyu e o mel, deixe ferver. Junte o amido dissolvido mexendo até engrossar. Prove e tempere a gosto. Despeje sobre a barriga assada ou sirva à parte em uma cumbuquinha.

ACOMPANHAMENTO: Farofa de bacon

 


23 agosto 2021

MOLHO PESTO DE CASTANHAS DO BRASIL

Aproveitar das folhas frescas de um manjericão orgânico, fazer um molho pesto que vai bem com massas, queijos, bruschetas, saladas de folhas e tomates, como pasta em pães...que variedade de utilizações!!!
Origem italiana, mais especificamente de Gênova, na Ligúria, o molho pesto é composto originalmente de manjericão, pinole, alho, sal, queijo pecorino, azeite, e pimenta. Com o nome "pesto alla genovese", está incluído entre os produtos agrícolas tradicionais da Ligúria. Pesto é a palavra italiana para “bater, martelar”. Utiliza-se um pilão e almofariz para preparar o pesto, transforma-se em um molho com um sabor rico e profundo, textura bonita, sedosa e brilhante.
Burrata com Molho Pesto
Mas.... as variações que vem acompanhando sua história e origem passam por transformações na cabeça, mãos e experncias gastronômicas de quem cozinha, transforma e inova suas receitas.
PESTO, DE QUE?? Os seus verdinhos podem ser substituidos pelas folhinhas de hortelã, rúcula, salsa, agrião, até coentro e já fiz com ora-pro-nóbis!!
ALÉM DO MACARRÃO
_Um Pernil de Cordeiro com Pesto de Hortelã acentua e traz um sabor refrescante ao prato.
_Sanduiche de Tofu ou Muçarela de Bufala com um pesto de Manjericão traz o céu à boca.
_Salada Caprese com um pesto de Manjericão e Hortelã, combina, inova, delicia o paladar.
_ Nhoques ao sugo com Pesto de Manjericão são delicados.
_ Carne suina grelhada, fica uma delicia.
_ Dá um sabor a sanduíches de tomate seco, frango, salmão e de queijo.
_ E para um bom vinho, a boa notícia é que ele também vai muito bem com vinhos brancos de corpo médio, mais frescos e frutados. 
Penne temperado ao Molho Pesto, 
tomates secos e brocólis

Para usar no macarrão, não aqueça o pesto. A melhor alternativa é misturá-lo com um pouco da água fervente que cozinhou o macarrão, para adquirir mais cremosidade, e logo em seguida misturá-lo ao macarrão.

MOLHO PESTO COM CASTANHAS DO BRASIL


1 xicara (chá) bem apertadinha de folhas de manjericão fresco

2 dentes de alho descascados e fatiados

30g de castanhas de caju

30g de castanhas do Pará

1 xícara (chá) de queijo parmesão ou picorino ralado 

1 xícara (chá) de azeite

sal a gosto

PREPARO

Bata no liquidificador todos os ingredientes até formar uma pasta, se necessário acrescente um pouco mais de azeite.

Este molho pode ser guardado em geladeira por 20 dias em vidro ou vasilha tampados.

Veja também a receita: 

MOLHO PESTO DE ORA-PRÓ- NOBIS E CASTANHA DE BARU

24 maio 2021

Tempura

Tempura, Tempurá, um prato muito popular no Japão, mas a receita foi trazida por jesuítas portugueses nos meados do século XVI. 
O Tempura pode ser feito com uma grande variedade de legumes como repolho, berinjela, abóbora, cenoura, cebola, vagem, brócolis, etc e com peixes e frutos do mar como camarão. 
O segredo é servir com shoyu, molho agridoce, molho tarê, que dá um sabor e toque puramente japonês.

MASSA DE TEMPURA

1 xícara (chá) de farinha de trigo

1 ovo 

Sal a gosto

1 colher (café) rasa de fermento em pó

1 saquinho de Hondashi (tempero em pó para peixe) ou sazón (opcional)

1/2 xícara de água gelada

1 pitada de salsinha desidratada (opcional)

PREPARO

Misture todos os ingredientes e vá colocando a água aos poucos batendo com garfo. Pode usar o mixer. A massa deve ficar lisa e encorpada, assim vai fixar mais nos alimentos. 😋 Se necessário pode colocar um pouco mais de água gelada. 

Cozinhei os legumes no vapor com um pouco de sal ao ponto. Passe na massinha, retire aos poucos com garfo e coloque para fritar em óleo quente e que cubra os legumes. Não mexa para que a massinha não saia. Vire somente quando estiver frito e firme. Retire, deixe escorrer, coloque em uma peneirinha ou papel toalha. 

Sirva com molho da sua preferência shoyu, tarê ou molho agridoce. Aaaaa os pontinhos pretos, depois de prontos polvilhei gergelim preto.

#alimentocomamorecuidado

#dicadodiachefbernadeteguimaraes

22 fevereiro 2019

CHARCUTARIA...CHARCUTERIA

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É comum ligar a Charcutaria somente a produção de linguiças e exclusivamente a carne de porco. Mas a verdade é que a Charcutaria é um conjunto de técnicas de preparo para fins de preservação, seja por métodos de salga, conservação, cura, fermentação, cozimento, desidratação, defumação ou, até mesmo, vários desses métodos juntos, de qualquer tipo de carne, como aves, peixes, bovinos, suínos e qualquer carne de caça.
Uma análise mais detalhada desta ciência da gastronomia e conhecer as técnicas e os produtos saborosos que podem ser preparados. Dentre os diversos produtos, podemos citar os presuntos, salames, terrines, patês, mortadela, pastrame, copa, bacon, salsichas, linguiças, carne de sol, todas as carnes preservadas com sal, na gordura (confit), defumadas e etc.

ORIGEM
A palavra Charcuteria ou Charcutaria deriva do francês “Charcuterie”, de chair, "carne" e cuit, "cozida", também é conhecida pelo termo italiano “Salumeria”. E denominava, no século XV, as lojas de produtos de porco e miúdos de diferentes animais.
Em países como a Itália e a França, a charcutaria vem se desenvolvendo desde a Idade Média, onde então representava a solução para a conservação das carnes.
Os romanos podem ser os primeiros a ter regulamentado o comércio de produtos de charcutaria, eles escreveram as leis que regulam a produção adequada de juntas de carne de porco, mas os franceses também tiveram alguma influência.
Na França do século XV, guildas locais (corporações artesanais) regulamentavam comerciantes na indústria de produção de alimentos em cada cidade. Os membros destas guildas locais produziam uma série tradicional de carnes cozidas ou salgado e seco, que variavam, às vezes de forma distinta, de região para região. O charcutier preparava vários itens, incluindo patês, rillettes, salsichas, bacon , trotadores etc.
A charcutaria representa um dos mais antigos métodos de produção de alimentos da humanidade, figurando na própria história da evolução das sociedades humanas. A preservação dos alimentos, em especial das carnes, permitiu que a humanidade sobrevivesse durante períodos de escassez e possibilitou longas viagens de migração, onde nem sempre era possível obter alimentos frescos diariamente. Portanto, os procedimentos de manipulação dos produtos da charcutaria foram desenvolvidos, inicialmente, para fins de preservação, pois inexistia tecnologia de refrigeração adequada para garantir vida útil longa às carnes.

TÉCNICAS
Existem diversas técnicas e procedimentos que podem, e em alguns casos devem, ser aplicados sequencialmente. A grande variedade de métodos e técnicas pode aparentar um alto grau de complexidade, mas a charcutaria é uma das artes mais simples e belas da culinária.
  • Defumação – a aplicação de fumaça, tanto quente como fria, ajuda na secagem e na preservação da carne;
  • Desidratação – Realizada com exposição direta ao sol, defumação quente ou defumação fria, exposição à corrente de ar, salga;
  • Cocção – muitos produtos são cozidos ou assados, pois nem sempre é do desejo do charcuteiro aplicar algumas técnicas por tempo prolongado, como a defumação;
  • Marinada – normalmente o processo de marinar envolve também a acidificação da carne. Pois o ácido rompe as fibras da carne, amaciando e permitindo que o tempero entre para o interior do produto. Pode ser feita a imersão ou injeção da marinada na carne que descansará em refrigeração por algumas horas;
  • Salmoura – A salmoura é uma técnica mais apurada e lenta, mas traz retornos muito mais satisfatórios que a marinada, pois não necessariamente vai acidificar o produto e trará umidade elevada, principalmente para carnes muito magras, como peito de frango e partes do porco como o lombo.

PRODUTOS 
Alguns produtos são necessários para a execução das técnicas de charcutaria. O nitrito por exemplo é considerado um ingrediente de cura essencial responsável pela “fixação” das características de coloração associadas às carnes curadas, criando um perfil de sabor único que distingue dos produtos que não contém nitrito, promovendo um controle da oxidação lipídica e servindo como um eficiente antimicrobiano por si só ou em sinergia com outros ingredientes.O Nitrato de sódio, também considerado um ingrediente de cura, só é efetivo da mesma maneira que o nitrito caso seja primeiramente reduzido a nitrito de sódio. A redução pode ser realizada por bactérias naturalmente presente na carne ou pela adição de bactérias com atividade redutora.
  
PRODUTOS PARA CHARCUTARIA
  • Sais de cura – nitrito de sódio e nitrato de sódio são conservantes aplicados em muitas  carnes conservadas, principalmente nas defumadas, pois evitam a proliferação de bactérias nocivas, como a causadora do botulismo(intoxicação pela exotoxina de Cloristidium botulinum e Cloristidium parabotulium). Nitrito e Nitrato de Sódio;
  • Sal – O famoso cloridrato de sódio promove um processo de osmose, salgando e liberando o excesso de água no interior da carne. Além disso também pode ser usado para frear e regular a fermentação de alguns produtos. Curar ou preservar alimentos com sal;
  • Acelerador de cura – São compostos que reagem com nitratos e nitritos para acelerar e homogeneizar a cor de curado. Podemos citar o ácido ascórbico e o eritorbato de sódio, que é o recomendado e mais utilizado;
  • Antioxidantes – Previnem o ranço da gordura. Há compostos sintéticos como o TBHQ, BHA e BHT. O extrato de alecrim vem ganhando espaço como um antioxidante natural;
  • Aromatizantes – pode ser utilizado o açúcar, glicose ou mel para dar aroma, umidificar e auxiliar na obtenção de uma cor mais aprazível;
  • Temperos – ervas, pimentas e especiarias, aqui a única regra é a criatividade, o gosto e o bom senso;
  • Fermentadores – Muito utilizado em salames especiais, os fermentadores são aplicados com a salga da carne para remover a umidade permitindo que as bactérias benéficas quebrem os açúcares em moléculas saborosas. Geralmente são usadas culturas de lactobacilos que geram ácidos graxos;
  • Estabilizantes – auxiliam na retenção de líquidos e gorduras, aumentando o rendimento e peso dos produtos. Temos os fosfatos e polifosfatos, proteína de soja, gomas(goma-curdlana, goma-arábica, goma-guar, goma-xantana) dentre outros.

Fonte: charcutaria.org

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