22 fevereiro 2019

CHARCUTARIA...CHARCUTERIA

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É comum ligar a Charcutaria somente a produção de linguiças e exclusivamente a carne de porco. Mas a verdade é que a Charcutaria é um conjunto de técnicas de preparo para fins de preservação, seja por métodos de salga, conservação, cura, fermentação, cozimento, desidratação, defumação ou, até mesmo, vários desses métodos juntos, de qualquer tipo de carne, como aves, peixes, bovinos, suínos e qualquer carne de caça.
Uma análise mais detalhada desta ciência da gastronomia e conhecer as técnicas e os produtos saborosos que podem ser preparados. Dentre os diversos produtos, podemos citar os presuntos, salames, terrines, patês, mortadela, pastrame, copa, bacon, salsichas, linguiças, carne de sol, todas as carnes preservadas com sal, na gordura (confit), defumadas e etc.

ORIGEM
A palavra Charcuteria ou Charcutaria deriva do francês “Charcuterie”, de chair, "carne" e cuit, "cozida", também é conhecida pelo termo italiano “Salumeria”. E denominava, no século XV, as lojas de produtos de porco e miúdos de diferentes animais.
Em países como a Itália e a França, a charcutaria vem se desenvolvendo desde a Idade Média, onde então representava a solução para a conservação das carnes.
Os romanos podem ser os primeiros a ter regulamentado o comércio de produtos de charcutaria, eles escreveram as leis que regulam a produção adequada de juntas de carne de porco, mas os franceses também tiveram alguma influência.
Na França do século XV, guildas locais (corporações artesanais) regulamentavam comerciantes na indústria de produção de alimentos em cada cidade. Os membros destas guildas locais produziam uma série tradicional de carnes cozidas ou salgado e seco, que variavam, às vezes de forma distinta, de região para região. O charcutier preparava vários itens, incluindo patês, rillettes, salsichas, bacon , trotadores etc.
A charcutaria representa um dos mais antigos métodos de produção de alimentos da humanidade, figurando na própria história da evolução das sociedades humanas. A preservação dos alimentos, em especial das carnes, permitiu que a humanidade sobrevivesse durante períodos de escassez e possibilitou longas viagens de migração, onde nem sempre era possível obter alimentos frescos diariamente. Portanto, os procedimentos de manipulação dos produtos da charcutaria foram desenvolvidos, inicialmente, para fins de preservação, pois inexistia tecnologia de refrigeração adequada para garantir vida útil longa às carnes.

TÉCNICAS
Existem diversas técnicas e procedimentos que podem, e em alguns casos devem, ser aplicados sequencialmente. A grande variedade de métodos e técnicas pode aparentar um alto grau de complexidade, mas a charcutaria é uma das artes mais simples e belas da culinária.
  • Defumação – a aplicação de fumaça, tanto quente como fria, ajuda na secagem e na preservação da carne;
  • Desidratação – Realizada com exposição direta ao sol, defumação quente ou defumação fria, exposição à corrente de ar, salga;
  • Cocção – muitos produtos são cozidos ou assados, pois nem sempre é do desejo do charcuteiro aplicar algumas técnicas por tempo prolongado, como a defumação;
  • Marinada – normalmente o processo de marinar envolve também a acidificação da carne. Pois o ácido rompe as fibras da carne, amaciando e permitindo que o tempero entre para o interior do produto. Pode ser feita a imersão ou injeção da marinada na carne que descansará em refrigeração por algumas horas;
  • Salmoura – A salmoura é uma técnica mais apurada e lenta, mas traz retornos muito mais satisfatórios que a marinada, pois não necessariamente vai acidificar o produto e trará umidade elevada, principalmente para carnes muito magras, como peito de frango e partes do porco como o lombo.

PRODUTOS 
Alguns produtos são necessários para a execução das técnicas de charcutaria. O nitrito por exemplo é considerado um ingrediente de cura essencial responsável pela “fixação” das características de coloração associadas às carnes curadas, criando um perfil de sabor único que distingue dos produtos que não contém nitrito, promovendo um controle da oxidação lipídica e servindo como um eficiente antimicrobiano por si só ou em sinergia com outros ingredientes.O Nitrato de sódio, também considerado um ingrediente de cura, só é efetivo da mesma maneira que o nitrito caso seja primeiramente reduzido a nitrito de sódio. A redução pode ser realizada por bactérias naturalmente presente na carne ou pela adição de bactérias com atividade redutora.
  
PRODUTOS PARA CHARCUTARIA
  • Sais de cura – nitrito de sódio e nitrato de sódio são conservantes aplicados em muitas  carnes conservadas, principalmente nas defumadas, pois evitam a proliferação de bactérias nocivas, como a causadora do botulismo(intoxicação pela exotoxina de Cloristidium botulinum e Cloristidium parabotulium). Nitrito e Nitrato de Sódio;
  • Sal – O famoso cloridrato de sódio promove um processo de osmose, salgando e liberando o excesso de água no interior da carne. Além disso também pode ser usado para frear e regular a fermentação de alguns produtos. Curar ou preservar alimentos com sal;
  • Acelerador de cura – São compostos que reagem com nitratos e nitritos para acelerar e homogeneizar a cor de curado. Podemos citar o ácido ascórbico e o eritorbato de sódio, que é o recomendado e mais utilizado;
  • Antioxidantes – Previnem o ranço da gordura. Há compostos sintéticos como o TBHQ, BHA e BHT. O extrato de alecrim vem ganhando espaço como um antioxidante natural;
  • Aromatizantes – pode ser utilizado o açúcar, glicose ou mel para dar aroma, umidificar e auxiliar na obtenção de uma cor mais aprazível;
  • Temperos – ervas, pimentas e especiarias, aqui a única regra é a criatividade, o gosto e o bom senso;
  • Fermentadores – Muito utilizado em salames especiais, os fermentadores são aplicados com a salga da carne para remover a umidade permitindo que as bactérias benéficas quebrem os açúcares em moléculas saborosas. Geralmente são usadas culturas de lactobacilos que geram ácidos graxos;
  • Estabilizantes – auxiliam na retenção de líquidos e gorduras, aumentando o rendimento e peso dos produtos. Temos os fosfatos e polifosfatos, proteína de soja, gomas(goma-curdlana, goma-arábica, goma-guar, goma-xantana) dentre outros.

Fonte: charcutaria.org

08 fevereiro 2019

Cozinhando com Bernadete: AMBROSIA - DOCE DOS DEUSES

Cozinhando com Bernadete: AMBROSIA - DOCE DOS DEUSES: Com leite fresco retirado para esta delícia e ovos caipiras. Nas cozinhas de Minas Gerais a ambrosia ainda é muito presente, onde as re...

AMBROSIA - DOCE DOS DEUSES

Com leite fresco retirado para esta delícia e ovos caipiras.
Nas cozinhas de Minas Gerais a ambrosia ainda é muito presente, onde as receitas explodem do afeto, traz boas lembranças e perfumes.
A mitologia grega costumava alimentar seus deuses irascíveis e heróis improváveis com um dos alimentos mais deliciosos que já existiram. Não se sabe com certeza se era doce ou salgado. A textura também é desconhecida. Ao menos para os gregos, a ambrosia, conhecida como a “comida dos deuses”, é o suprassumo de uma refeição – ainda mais quando combinada com o néctar, a bebida divina. Reservada apenas ao Olimpo, a ambrosia também tinha o poder de garantir a imortalidade aos pobres mortais que tivessem a felicidade de experimentá-la. É bem provável que o costume de elogiar um prato delicioso com um “é dos deuses” tenha sido inspirado neste mito grego. 

A origem do doce é ibérica. “Desde a Idade Média, a doçaria portuguesa se baseia em dois ingredientes: ovo e açúcar. Essa é a base de centenas de receitas conventuais. A ambrosia nasce nesse contexto e também da necessidade de aproveitar tudo: leite, ovo, cravo e canela”, diz o antropólogo Raul Lody, autor de Vocabulário do Açúcar.

01 novembro 2018

Figado com Jiló

Para os apreciadores de Figado e Jiló...Hummmmmm

1 kg de fígado cortado em bifes e em iscas
6 jilós verdes fatiados em rodelas (use um ralo para fatiar)
3 colheres (sopa) de suco de limão
3 dentes de alho socados ou 1 colher (sopa) de molho de alho
1 colher (sobremesa) rasa de tempero de sua preferência
2 colheres (sopa) de molho inglês
Óleo de soja
2 cebolas médias fatiadas em rodelas finas
Pimenta biquinho à gosto
Cheiro verde picado à gosto
PREPARO
Tempere as iscas de figado com o suco de limão, o alho ou molho de alho, o tempero e o molho inglês. reserve por uns 10 minutos. 
Leve ao fogo frigideira com óleo, ou se tiver uma chapa, (o preparo autêntico). Fritar o figado ao ponto, misture o jiló e por último as cebolas. 
Misturando sempre, deixe fritar até o ponto desejado. Coloque na travessa e decore com o cheiro verde e a pimenta biquinho. 

Dicas da Chef
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29 outubro 2018

A FACA TAMBÉM TEM HISTÓRIA



As facas como utensílios para se alimentar têm uma história de mais de 2 milhões de anos. Elas são, talvez, o artefato mais antigo no arsenal do cozinheiro. As primeiras facas conhecidas eram pedaços de pedra lascada para produzir uma borda afiada. Usada para cortar, raspar e bater o alimento. 
Depois do aço inoxidável, a novidade mais importante em cutelaria são as facas de cerâmica. Lançadas em 1999 na Alemanha, são leves, inoxidáveis, resistentes e jamais perdem o fio, além de não deixarem gosto de metal nos alimentos. É da Alemanha que vêm também as facas de titânio, que mantêm o fio seis vezes mais tempo do que as facas de inox. Superleves, nunca enferrujam ou mancham.


Além dos diferentes materiais e da diversidade de tipos, há facas singulares. Dependendo da cultura em que se inserem. A faca Ulu, por exemplo, é composta de uma lâmina em forma de leque e usada pelos esquimós para quase tudo, desde picar gelo até cortar cabelo. A leve Santoku japonesa é usada para cortar carne; picar legumes e filetar peixes. A multifuncionalidade se estende à Dao chinesa, uma espécie de cutelo, usada tanto para cortar lenha quanto para picar carne. Já a Mezzaluna (meia-lua) italiana; com sua lâmina curva e punho nas duas pontas, é a melhor opção para se cortar ervas frescas bem miudinho, sem deixá-las empastadas.


Faca do Chef ou Faca Multiuso

Com cerca de 15 a 30 cm de lâmina e com a ponta ligeiramente curvada, esta faca é a mais utilizada nas cozinhas. Serve tanto para picar, filetar e cortar legumes, verduras e carnes (tanto cruas quanto cozidas). Dividimos essa faca em regiões, para facilitar a compreensão de sua função:

  1. A parte do meio de faca é usada para cortar materiais duros e macios. A forma ligeiramente convexa da faca é ideal para cortar folhosos e temperos
  2. Com a frente da faca, você corta alimentos que necessitam de um corte fino.
  3. A resistência da parte de trás da cabeça da faca pode quebrar pequenos ossos ou abrir as conchas de crustáceos.
  4. Com a parte de trás da lâmina da faca, você pode cortar os alimentos mais duros ou congelados, por exemplo.
  5. Esta parte larga da lâmina serve para achatar alimentos como alho e nozes. Você também pode utilizá-la também como espátula para manipular e movimentar ingredientes cortados.

30 agosto 2017

20º Festival Gastronomia Tiradentes MG

Participamos do 20º Festival Gastronomia Tiradentes MG, onde foram homenageados Chefs Mineiros.

Prato elaborado com ingredientes da culinária Norte Mineira.
Risoto de Carnes Norte MG, Lascas de Pequi Flambadas na Cachaça, Crisp's de Taioba e Requeijão Moreno




21 agosto 2017

FRANGO A MILANESA COM CREME DE MILHO E QUEIJO

1 kg de filé de frango
1 colher (chá) de sal ou seu tempero
2 colheres (sopa) de molho shoyu
suco de 1 limão médio 
PARA A MILANESA
4 a 5 ovos
400ml de leite
1 pitada de sal
1 pitada de noz moscada
farinha de rosca o suficiente para empanar
óleo suficiente para fritar
PARA O CREME DE MILHO
1 colher (sopa) de manteiga ou margarina
1 cebola média ralada
500ml de leite batido com 1 lata de milho escorrida
1 colher (sopa) de farinha de trigo
1 tablete de caldo de legumes ou de galinha
PARA A MONTAGEM
queijo mussarela ralado grosso
orégano 
1 copo de requeijão cremoso
milho para decorar
PREPARO DO FRANGO
Tempere os filés de frango com o sal ou tempero, shoyu e suco de limão. Deixe por 20 a 30 minutos.
Faça a milanesa: bata ligeiramente os ovos, coloque uma pitadinha de sal e da noz moscada. Acrescente o leite. Passe os filés de frango na farinha de rosca, depois nos ovos batidos com leite e novamente na farinha de rosca. Frite-os no óleo não muito quente. A quantidade de óleo é importante, que cubra os filés. 
PREPARO DO CREME DE MILHO
Bata no liquidificador o milho, o leite e a farinha de trigo. Aqueça a manteiga em uma panela, refogue a cebola, acrescente o milho batido, tempere com a noz-moscada e o sal. Mexa até engrossar e formar um creme.
MONTAGEM
Em um refratário coloque os filés, o creme de milho, colheradas de requeijão cremoso, e o queijo  mussarela. Decore com o milho. Se quiser pode levar ao forno para aquecer bem e gratinar o queijo.

30 julho 2017

ALMÔNDEGAS NAPOLITANAS COM MOLHO DE TOMATES E MANJERICÃO

PARA AS ALMÔNDEGAS
500g de carne moída (acém ou peixinho)
500g de carne suína moída
1 colher (chá) rasa de tempero ou sal
1 colher (sopa) de molho inglês
1 colher (sopa) de cebola ralada
2 dentes de alho amassados
100g de mortadela ralada grossa
100g de queijo mussarela ralado grosso
1 ovo
3 colheres (sopa) cheias de farinha de trigo
PARA O MOLHO
1 cebola grande picada
2 dentes de alho amassados
3 tomates sem peles e sementes picados
1 pimentão verde pequeno picado
cheiro verde picado a gosto
1 colher (chá) de tempero
Corante o suficiente
3 colheres (sopa) de manjericão fresco picado ou 1 colher (sopa) rasa de manjericão desidratado
2 colheres (sopa) de açucar
PREPARO DAS ALMÔNDEGAS
Numa tigela média junte a carne moída, sal, molho inglês e misture bem.
Acrescente a cebola e o alho, e o restante dos ingredientes.
Amasse com as mãos até obter uma mistura homogênea.
Unte as mãos com um pouco de azeite ou óleo, faça as almôndegas.
PARA O MOLHO:
Refogue a cebola e o alho. Acrescente os outros ingredientes.
Deixe ferver até cozinhar e começar a engrossar levemente o molho.
Coloque as almôndegas, mexer só quando firmes, deixe até cozinhar completamente.
NOTA
_Se utilizar manjericão desidratado coloque apenas 1 colher de sopa rasa.
_As almôndegas ficarão mais firmes se depois de preparadas, colocar no congelador ou freezer por uns 30 minutos ou até que comecem a congelar. _Resultado muito bom se preparadas de véspera. Pegue-as congeladas e coloque no molho de tomates fervente.

20 julho 2017

FRANGO GRELHADO COM CREME DE MARACUJÁ E TEPPAN YAKI DE LEGUMES

TEPPANYAKI: estilo da culinária japonesa que usa a chapa para preparar os alimentos. Teppan: chapa de ferro. Yakki: grelhado, assado, frito.

PARA O FRANGO
1 kg de filé de peito de frango higienizado (colocar de molho em água e suco de limão ou vinagre) e cortado em bifes
1 colher (sopa) de tempero em pó para frango
1 colher (café) de sal grosso
2 colheres (sopa) de molho shoyu
3 colheres (sopa) de azeite 
1 dente de alho fatiado
PREPARO
Escorrer o filé de frango. Temperar os filés. Deixar por 30 minutos em geladeira, ou temperar de véspera. Fatiar o alho e dourar no grill. Grelhar o frango no ponto desejado regando com o azeite aos poucos. Tampe um pouco para não respingar e também deixar o peito de frango úmido. Antes de chegar no ponto desejado, encoste o frango em um canto do grill e comece a fazer o grelhado dos legumes.
TEPPAN YAKI
Brocólis cozido
Tiras de cenoura cozida
Tiras de pimentão verde e vermelho
Batatas cortadas em cubos e cozidas
Cebolas em rodelas
Azeitonas verdes ou pretas
Palmito cortado em pedaços
Abobrinha italiana cortada em tiras e aferventadas rapidamente
1 tomate sem sementes cortado em tiras grossas
PREPARO
Coloque aos poucos os legumes arrumando-os um ao lado do outro, regue com mais azeite e deixe dourar um pouco.Tampe e deixe grelhar e manter a umidade. Polvilhe um pouco de sal.
PARA O CREME DE MARACUJÁ
Polpa de 1 maracujá pequeno com sementes (em torno de 3/4 de xícara de chá)
100 a 200g de creme de leite (coloque aos pouco até chegar ao sabor que você deseja)
1 colher (sopa) de açucar (opcional)
PREPARO
Misture todos os ingredientes, reserve. Monte o prato com o frango grelhado, legumes grelhados e o molho de maracujá.
Este creme é um delicioso acompanhamento!

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