13 maio 2017

E SOBRE O AZEITE?




Origem
Como e quando surgiu o azeite não se sabe ao certo. O mais provável é que a primeira vez que se extraiu o óleo do fruto do zambujeiro (oliveira selvagem) tenha sido acidentalmente, como a maioria das invenções. Sabe-se, contudo, que foram encontrados caroços de azeitona da Era Paleolítica na França e em Biblos; há indícios da existência de oliveiras na Península Ibérica desde o Neolítico; o código de Hamurabi já regulamentava seu comércio cerca de quatro mil anos atrás; e já se comercializava o óleo há três mil anos no Egito.


O uso do azeite na Antiguidade


Por volta de 3.000 anos antes de Cristo, a oliveira já seria cultivada por todo o Crescente Fértil. Sabe-se, no entanto, que, há mais de 6 mil anos, o azeite era usado pelos povos da Mesopotâmia como um protetor do frio e para o enfrentamento das batalhas, ocasiões em que as pessoas se untavam dele.

De acordo com a Bíblia, havia comércio de azeite entre os negociantes da cidade de Tiro, que, provavelmente, o exportavam para o Egito, onde as oliveiras, na maior parte, não oferecem um produto de boa qualidade. 
Na Biblia confirmação em inúmeras passagens, dentre elas: 
Ordene aos israelitas que tragam azeite puro de olivas batidas para a iluminação, para que as lâmpadas fiquem sempre acesas. 
Com a melhor farinha de trigo, sem fermento, faça pães e bolos amassados com azeite, e pães fi­nos, untados com azeite. 
o vinho, que alegra o coração do homem;
o azeite, que lhe faz brilhar o rosto,
e o pão, que sustenta o seu vigor. 
Pois os lábios da mulher imoral destilam mel, 
sua voz é mais suave que o azeite;

Segundo opinião corrente, a azeitona é originária da Ásia Menor, mais precisamente entre o Cáucaso e o planalto iraniano, tendo se espalhado pela Grécia, Itália, França, Mesopotâmia, Península Ibérica, Norte da África e ilhas do Mediterrâneo, sobretudo em Creta. A difusão do azeite pelo do interior destas regiões atravessou diversos acontecimentos históricos.
No século XIV, a população européia foi dizimada pelas epidemias de peste. Além disso, o continente passou por alterações climáticas que causaram mudanças na agricultura.
Por isso, a olivicultura se concentrou na região Mediterrânea, com clima mais propício. Oliveiras se espalharam pela Itália, com grande auxílio da família Médici, que cedeu terras para o governo, na Toscana, com intuito de transformá-las em olivais ou vinhedos. Nos séculos seguintes, o cultivo foi evoluindo e se difundindo. Assim, foi levado pelos espanhóis para as Índias Orientais e, mais tarde, para a América.
O cultivo foi introduzido nos Estados Unidos nos tempos coloniais pelos jesuítas e chegou ao México no século XVII. O azeite passou por diversos estudos, adaptações, novas técnicas de poda, prensagem, mecanização da colheita etc, melhorando assim sua qualidade e alcançando o status que possui hoje.
É obtido por prensagem a frio das azeitonas, fruto da oliveira. O produto da primeira prensagem é chamado de azeite extra-virgem, enquanto o restante, de várias qualidades inferiores, é conseguido mediante prensagens sucessivas, com o uso do calor nos últimos processos.
As palavras azeite e azeitona originam-se do árabe az zayt az zaytuna, respectivamente. Zayt ou zait é uma antiga palavra semita que em hebraico e sob a forma zeit significa oliva, a árvore que produz as azeitonas, com denominação botânica Olea europaea. O monte das Oliveiras, onde Jesus se retirou para orar, chama-se har-ha-zeit em hebraico.
As principais características sensoriais do azeite são: 
_Notas frutadas
_Amargor
_Picancia. 

E são esses elementos que se deve buscar ao provar um azeite. Quanto mais fácil surgirem os atributos, mais novo o azeite.
Frutado
Pode ser sentido no aroma e no sabor e está diretamente ligado ao frescor. Pode ser mais ou menos intenso, remeter a fruta verde ou madura, pode lembrar campo, tomate, amêndoas ou até chocolate. A presença de frutado é indicador de qualidade, azeite sem fruta não é bom. Mas tanto faz o tipo de fruta.
Amargor
É sentido sobre a língua e pode ser mais ou menos intenso. Um bom azeite deve apresentar equilíbrio entre o amargor e a picância.
Picância
É sentida quase na garganta. A intensidade depende da variedade da azeitona. Amargor e picância intensos vão bem com pratos mais condimentados.
Cor
Tom esverdeado indica que o azeite foi recém-espremido. Com o tempo, que pode variar de seis meses a um ano, o óleo vai ficando mais dourado.
A acidez
Não é perceptível ao paladar. Trata-se de um parâmetro químico que determina a quantidade de gordura do azeite. Se for menor que 0,8%, o azeite é extravirgem.
Quanto menor a acidez, melhor o azeite, mas não se trata de critério absoluto. O degustador Paulo Freitas ressalta: “um azeite com 0,2% de acidez pode ser menos agradável e até ter defeitos comparado ao que tenha 0,5%”.
Aquecer o azeite tira suas propriedades?
Verdade. Muitas de suas propriedades oxidam na presença do calor e da luz. O azeite aguenta a temperatura de 175º. "Acima desse ponto ele forma compostos voláteis e vira uma substância tóxica ao organismo, diz especialistas". Se consumido pode provocar irritação na mucosa gastrointestinal e diarréia.  
Azeite de Oliva: Virgem, extravirgem, refinado.
Qual a diferença?
Todos os azeites de oliva têm como matéria-prima a azeitona. O que os diferencia é o número de etapas de refinamento pelas quais passam. Isso altera a acidez do óleo, ou seja, a qualidade. Quanto menor for seu índice de acidez mais benefícios ele terá.
Extravirgem
Dos três tipos, o que tem menor acidez (até 1%) é o extravirgem. Esse óleo possui substâncias que combatem o colesterol ruim. Também impede o depósito de gordura abdominal, afinando a cintura e afastando o risco de doenças cardíacas e diabetes. Só não pode abusar na quantidade, pois uma colher de sopa contém cerca de 108 calorias! O ideal é consumir duas colheres de sopa por dia: uma no almoço e outra no jantar.
E como deve ser usado? É recomendável utilizá-lo em pratos que não vão ao fogo, como, saladas, pães, queijos e outros petiscos. Se aquecido, esse óleo pode perder suas propriedades benéficas.
Virgem
Mesmo sendo um pouco mais ácido que o extra (até 2%) ao ser aquecido, seu aroma é ressaltado e seu sabor é mais adocicado. Já para praatos quentes, como carnes, o azeite virgem é a melhor opção.
Refinado
Melhor usá-lo em frituras. Ele tem mais de 2% de acidez; porém, ainda assim, é mais saudável que o óleo tradicional de soja, por exemplo.

Beneficios
Cientistas europeus mostraram que o consumo regular impede o depósito de gordura na barriga, onde fica justamente o tipo mais perigoso para o coração. Ele ainda protege a pele contra as agressões causadas pelos raios ultravioleta, combate dores e inflamações, facilita a digestão, melhora a atividade intestinal e estimula a absorção de cálcio pelos ossos.
Os antioxidantes do azeite impedem a ação dos radicais livres que provocam a oxidação do colesterol e o acúmulo de placas de gorduras nos vasos, concluiu um trabalho realizado por bioquímicos da Universidade Estadual Paulista em Botucatu, no interior de São Paulo, comprovando o que havia sido demonstrado em pesquisas anteriores conduzidas na Europa (sobretudo em países mediterrâneos, como Itália, Espanha, França e Grécia) e nos Estados Unidos.
No século XIV, a população européia foi dizimada pelas epidemias de peste. Além disso, o continente passou por alterações climáticas que causaram mudanças na agricultura.
Por isso, a olivicultura se concentrou na região Mediterrânea, com clima mais propício. Oliveiras se espalharam pela Itália, com grande auxílio da família Médici, que cedeu terras para o governo, na Toscana, com intuito de transformá-las em olivais ou vinhedos. Nos séculos seguintes, o cultivo foi evoluindo e se difundindo. Assim, foi levado pelos espanhóis para as Índias Orientais e, mais tarde, para a América.
O cultivo foi introduzido nos Estados Unidos nos tempos coloniais pelos jesuítas e chegou ao México no século XVII. O azeite passou por diversos estudos, adaptações, novas técnicas de poda, prensagem, mecanização da colheita etc, melhorando assim sua qualidade e alcançando o status que possui hoje.

NOTA: este post foi coletado de informações de vários livros, artigos e postagens e algumas fotos da internet. Também parte didática de Oficinas e Palestras Gastronômicas que atuamos. Chef Bernadete Guimarães.

06 maio 2017

FEIJOADA BRASILEIRA!!!!

Hoje é dia!!!!!!!!!  
A feijoada é um dos pratos típicos da cozinha brasileira. Encontra similares na culinária de todo o mundo, como o cassoulet francês, a feijoada à transmontana, de Portugal, a paella ou a fabada asturiana, ambos da Espanha. No Brasil, é feita da mistura de feijões pretos e de vários tipos de carne de porco e de boi, e chega à mesa acompanhada de farofa, arroz branco, couve refogada e laranja fatiada, entre outros ingredientes.
Couve e laranja, namorados perfeitos da Feijoada!!!!!
Molho apimentado feito do caldo da feijoada, cebola, tomate, pimentão, pimenta, cheiro verde. 
Cheiros e temperos!!!!!

Umas das minhas conservas preferida de pimentas que eu fiz. Toque singular em uma boa feijoada, para quem gosta, é claro!!!

ORIGEM
A explicação popular mais difundida sobre a origem da feijoada é a de que os senhores – das fazendas de café, das minas de ouro e dos engenhos de açúcar – forneciam aos escravos os "restos" dos porcos, quando estes eram carneados. O cozimento desses ingredientes, com feijão e água, teria feito nascer a receita. Tal versão, contudo, não se sustenta, seja na tradição culinária, seja na mais leve pesquisa histórica. Segundo Carlos Augusto Ditadi, especialista em assuntos culturais e historiador do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, em artigo publicado na revista Gula, de maio de 1998, "essa alegada origem da feijoada não passa de lenda contemporânea, nascida do folclore moderno, numa visão romanceada das relações sociais e culturais da escravidão no Brasil."
Atualmente, espalha-se por todo o território nacional, como a receita mais representativa da cozinha brasileira. Revista, ampliada e enriquecida, a feijoada deixou de ser exclusivamente um prato. Hoje, como também notou Câmara Cascudo, é uma refeição completa.
O paio é um dos ingredientes que dão sabor "enfumaçado", defumado...No dia de feijoada em Minas Gerais,  a boa cachaça, caipirinha, completam a festa!
Feijoada sem folha de louro? Para tudo:
primeiro perfume a ser lembrado!


FEIJOADA

1 kg de feijão preto
300 gr de costela bovina
300 gr de carne de sol ou carne seca
300 gr de lombo de porco salgado
300 gr de bacon em pedaços
300 gr de lingüiça calabresa defumada
300 gr de paio
300 gr de músculo bovino
300 gr de pé suíno defumado
300 gr de orelha suína fresca ou defumada
300 gr de rabo suino fresco ou defumado
10 dentes de alho socados
3 cebolas grandes picadas
15 caroços de coentro caroço verde socados
5 folhas de louro
Sal se necessário (colocar somente depois de cozida e provada)
Cheiro verde picado a gosto
NOTA: você pode escolher as carnes de sua preferência para compor sua feijoada.

PREPARO
Lave os ingredientes salgados se houver, deixe um pouco de molho para retirar o excesso de sal.  
Corte as carnes no tamanho desejado. Coloque de molho os ingredientes e o feijão em água que cubra. Deixe por umas 2 a 3 horas ou de um dia para o outro. No outro dia, escorra a água, coloque mais água fresca até cobrir, leve ao fogo para cozinhar. Refogue a cebola e o alho em uma com uma colher (sopa) de óleo, despeje na feijoada, coloque os outros ingredientes: coentro caroço socado e cheiro verde,  deixe ferver e prove o tempero. Quando estiver quase pronta acrescente a folha de louro e mais cheiro verde picado.

PARA O MOLHO DE FEIJOADA
Caldo da feijoada, cebola, tomate sem semente, pimentão verde picadinhos. Pimenta a gosto ou caldo de pimenta, cheiro verde.

ACOMPANHAMENTOS
Servir com couve frita em alho e óleo.
Arroz
Farofa ou Farinha de mandioca
Laranja
Vinagrete

CÁLCULO DE QUANTIDADE POR PESSOA

IMPORTANTE: essa quantidade é muito relativa. Se a turma gosta muito de feijoada, "aumente". Aqui é só uma base. Eu sempre calculo a mais. Quando sobra então querem levar. E é deliciosa para comer depois.


Abaixo um cálculo para 10 pessoas:


20g de alho

100g de cebola
1 kg de feijão
1,250kg de linguiça calabresa
200g de bacon
500g de costela fresca ou salgada
500g de lombo suíno
500g de carne seca ou de sol
400g de pé de porco
250g de orelha de porco
250g de rabo de porco

É claro que você pode retirar ou aumentar o ingrediente que mais gosta, deixando a feijoada a seu gosto. 


Arroz - 1 xícara para duas pessoas
Farinha ou farofa - 1 kg dá e sobra
Couve _ 02 maços

SUGESTÕES DE DECORAÇÃO PARA SERVIR FEIJOADA

Você pode usar nas mesas estopas como cobre-mancha, (encontramos para comprar no metro, algumas coloridas e também no seu tom natural).
Sempre a toalha branca embaixo e a estopa nas mesas pequenas de bico e na mesa onde ficará a comida para que os connvidados se sirvam como se fosse uma passadeira de mesa.
Na mesa maior de comida espalhe grãos cru de feijão preto e cascas de laranja.
_Nas mesas pequenas (dos convidados) pode colocar um arranjo pequeno de flores do campo ou girassol em cada.

_Se for um almoço o clima é bem descontraído, usar pratos e copos descartáveis, porém opte por aqueles de acrílico que além de serem mais firmes e resistentes têm uma melhor apresentação.

_Para servir a feijoada, o arroz e demais acompanhamentos use panelas e refratários de barro...

_Flores do campo no ambiente dão um toque especial! Olhe as que colocamos numa feijoada de família. Esta que aparece nas fotos são da minha cunhada Ivone, a melhor feijoada que conheço!




03 maio 2017

CARNE DE PANELA COM CEBOLA QUEIMADA

É isso mesmo: cebola queimada!! Podemos fazer frango ensopado, carne de panela cozida, fica uma delícia, caldo espesso e escuro e um sabor defumado... hummm!!! 
O cozimento da carne de panela é lento, pingando água aos poucos para cozinhar. Se optar pela panela de pressão, cozinhe com um pouco menos de água e depois abra a panela e deixe o caldo que se formou secar, é uma carne que parece que cozinhou e assou na panela.
Frango com cebola queimada, arroz com crisps de cebola queimada, assusta? Claro, principalmente para novatos na cozinha. Mas o sabor defumado que a cebola queimada acrescenta a receita é imperdível!!!
1 kg de acém, músculo, costela ou paleta cortada em cubos ou pode ser preparada inteira
2 colheres (sopa) de banha suína ou azeite
2 cebolas grandes cortadas ao meio e fatiadas
4 dentes de alho amassados ou ralados
2 tomates grandes maduros e sem sementes picado
1 pimentão verde pequeno picado
10 caroços de coentro verde fresco socado
Sal ou tempero pronto a gosto
1 colher (café) de corante ou mais se necessário
1 pitada de cominho em pó
1 pitada de açafrão em pó
Cheiro verde picado a gosto
Água o sufieciente para cozinhar a carne
PREPARO
Leve ao fogo uma panela grossa (ferro ou aluminio batido). Coloque o azeite e as cebolas mexendo de vez em quando até dourar e ficar com um tom de queimada (foto). 
Junte o alho e deixe dourar também. Coloque a carne misturando até começar a fritar. Tempere com o sal ou tempero, o coentro socado, o corante, o cominho e o açafrão. Os tomates e pimentão. Misture. Vá colocando a água fervente aos poucos. Tampe e deixe cozinhar até o ponto desejado. Polvilhe o cheiro verde. 
DICAS PARA SERVIR: feijão em caldo ou tropeiro, arroz, batatas coradas ou assadas, refogado de couve, farofa, 

Variação: Carne de panela com legumes: cenoura, alho poró, batatas.

28 abril 2017

MANTEIGA DE GARRAFA, MANTEIGA DE REQUEIJÃO, MANTEIGA DE GADO.....



Manteiga de garrafa, manteiga de requeijão, manteiga de gado, manteiga da terra e tantas outras denominações.

É uma iguaria...Manteiga líquida com gosto peculiar sertanejo, de queijo, de requeijão, de manteiga frita. Usada nas nossas carnes de sol ou na mandioca, fritando e saborizando. 
Totalmente artesanal a manteiga de garrafa é um tipo de manteiga regional produzida no Nordeste brasileiro e no Norte de Minas Gerais.
A manteiga de garrafa, muito usada na região nordeste, é obtida através do cozimento da nata do leite de vaca até que se evapore toda a água e restem apenas a gordura e as partículas sólidas da nata do leite, conferindo à manteiga um sabor particular, levemente rançoso.
O batimento e fusão do creme derivado exclusivamente do leite de vaca é  um produto bastante apreciado por boa parte da população, cuja comercialização é feita através de feiras livres, mercados populares, supermercados, restaurantes típicos e pequenos pontos comerciais de comidas regionais. 
São necessários 50 litros de leite para cada litro de manteiga de garrafa. 
O seu processo de fabricação é artesanal, sem controle das etapas do processamento, inclusive do tempo e da temperatura utilizada para adequada fusão do produto, o que explica a falta de uniformidade do mesmo.
A manteiga de garrafa  se mantém fluida em temperatura ambiente, mas que endurece na geladeira. 
É mais durável do que a manteiga comum.
Manteiga de garrafa derretendo ao sol!

27 abril 2017

BOLO DE FUBÁ COZIDO


Bolo simples, caseiro, receita da roça, dos livros e da infância guardada com sabores e cheiros de felicidade. É isso que o bolo de fubá traz todas as vezes que é citado, que é preparado, que é degustado. 

Bolo de fubá, Bolo de fubá com coco, Bolo de fubá cremoso (com queijo), Bolo de fubá cozido com goiabada, Bolo de fubá com erva doce...
São tantas as variações por este Brasil afora...

O fubá muito comum no Brasil Colônia, onde o milho era pilado, peneirado, passado nos moinhos d'àgua para se transformar em uma farinha amarela, cheirosa e fina, o fubá!!
Foram os portugueses que, a partir do século XVIII, com o chamado Ciclo do Ouro nas Minas Gerais, passaram a incluir o milho na alimentação diária da colônia. “Sob a forma de fubá, palavra que herdamos dos africanos para designar farinha, passa a alimentar viajantes e tropeiros substituindo muitas vezes a farinha de mandioca nos farnéis”, conta Caloca Fernandes em Viagens Gastronômicas pelo Brasil (ed. Senac).
Como a receita era muito comum entre os tropeiros e os mascates da época, ela acabou se popularizando por todo o país, sendo bem comum em áreas interioranas e por isso muito associada às quermesses e festas de São João.

BOLO DE FUBÁ COZIDO

2 xícaras (chá) de fubá
1 1/2 xícaras (chá) de açucar
1/2 xícara (chá) de óleo
xícaras (chá) de leite
Misture em uma panela: o fubá, o açucar, o óleo e o leite. Leve ao fogo mexendo sem parar até formar um angu grosso. Cozinhe por uns 8 a 10 minutos. Quando soltar da panela, desligue o fogo. 
Misture:
2 colheres (sopa) de manteiga de garrafa ou manteiga. Coloque 1 pitada de sal. Deixe esfriar até amornar por uns 15 minutos. Pré aqueça o forno em 180º.
 
Depois junte 04 gemas misturando muito bem até ficar uma massa homogênea.
Misture 04 claras em neve e 1 colher (sopa) de fermento em pó químico.
Unte uma forma redonda de furo central média ou uma assadeira retangular média com manteiga e polvilhe com fubá. Despeje a massa e leve ao forno para assar 180º por uns 20 minutos ou até crescer e começar a dourar. Abaixe a temperatura para 150º e deixe terminar de assar e dourar. Enfie um garfo ou palito e se este sair seco, está pronto. Deixe amornar e desenforme. 
Sirva com café ou chá e corra para o abraço!!!

22 abril 2017

PUDIM DE MILHO VERDE


400g de milho fresco retirado da espiga ou 2 

latas de milho verde escorridas

1 lata de leite condensado


1 1/2 lata de leite

4 ovos

50 g de margarina

1 colher (sopa) cheia de amido de milho

CALDA

1 xícara (chá) de açucar

1/2 xícara (chá) de água


PREPARO DA CALDA

Leve ao fogo uma panela com o açucar, deixe 

caramelizar um pouco. Despeje a água, deixe 

ferver até formar uma calda não muito grossa, 

pois quando esfriar vai engrossar mais ainda. 

Coloque na forma redonda de furo central 

própria para pudim, de forma que a calda unte 

toda a forma, fundo e laterais. Reserve.

PREPARO DO PUDIM

No liquidificador  bata milho, leite 

condensado e o leite por 1 minuto. 

Coar. Volte a mistura ao liquidificador com os 

ovos, a margarina e o amido de milho, bata 

por 1 minuto.

Despeje na forma caramelizada, cubra com 

papel alumínio e leve ao forno em banho-

maria preaquecido, a 180 ºC de 40 minutos a 

1 hora, ou até que enfiando um garfo este 

esteja seco.

Deixe esfriar, leve a geladeira e desenforme 

depois de gelado.

Dica: para melhor desenformar o pudim, 

mergulhe-o em água quente por alguns 

segundos.

19 abril 2017

PUDIM DE PÃO COM CALDA DE CANELA

3 ovos
1 xícara (chá) de açúcar
xícara (chá) de leite
2 pães francês amanhecido (de 50g)
1 colher (chá) de essência de baunilha
PARA A CALDA
1 1/2 xícara (chá) de açucar
2 pedaços da casca de canela
xícara (chá) de de água
PREPARO DA CALDA DE CANELA
Leve ao fogo uma panela com o açucar e deixe até começar a caramelizar o açucar, mexa a panela de um lado para o outro. Coloque a casca da canela e a água aos poucos. Ferver até formar uma calda meio grossa. Pois quando esfria ela engrossa mais.
PREPARO DO PUDIM
Bata no liquidificador todos os ingredientes por 1 minuto. Despeje na forma caramelizada. Cubra com papel alumínio ou filme plástico. Leve ao fogo em banho-maria por 30 a 40 minutos ou até que enfiando um palito ou garfo este saia seco.
Deixe amornar, leve à geladeira. Quando estiver gelado desenforme e cubra com a calda.

17 abril 2017

CANJIQUINHA COM COGUMELOS


canjiquinha, quirera de milho ou péla égua, típica do estado de Minas Gerais, é o milho triturado grosseiramente até se esfarelar (a ponto de não passar por uma peneira). 
Deixado de molho ou escaldadado em água fervente, depois cozido com carne de porco (costelinha) e outros temperos caseiros é receita apreciada. Há ainda variações feitas com carne bovina, frango ou linguiça. 
E já que podemos variar porque não uma Canjiquinha com sabores silvestres de cogumelos? E não é que ficou uma delícia!!!
O preparo da canjiquinha exige que ela fique de molho de véspera ou por algumas horas. Mas tem um jeito rápido para que sua hidratação seja completa e eficiente:
_Coloque 1 litro de água fervendo (pode ser com um pouco de sal, para já ir temperando) em 500g de canjiquinha, misture, tampe e deixe por uns 10 a 15 minutos mexendo de vez em quando.
Enquanto isso faça o sabor desejado, costelinha, frango ou outro. O nosso hoje será de cogumelos. Use os de sua preferência.
200g de cogumelos desidratados: funghi, shitake, shimeji
500g de canjiquinha
1 litro de água fervente
2 tabletes de caldo de cogumelos porcini (este eu trouxe da Itália) se não encontrar utilize caldo de legumes ou pode ser o seu tempero caseiro.
2 colheres (sopa) de manteiga, azeite ou óleo
1 cebola grande cortada em pétalas finas
4 dentes de alho ralado ou socado
1 tomate grande maduro sem sementes picadinho
1 pimentão verde sem sementes picadinho
2 cenouras médias descascadas e picada em cubinhos
Cheiro verde picado a gosto
1 pimenta de cheiro sem sementes picadinha
Ervas para saborizar, use 1 pitada: curry, pimenta calabresa, páprica doce, 1 folha de louro
Sal o necessário 
PREPARO
Ferva a água com o caldo de cogumelo porcini ou de legumes ou seu tempero. Coloque os cogumelos e a canjiquinha para hidratar. Desligue o fogo, misture e tampe. Abra e mexa de vez em quando por uns 15 a 20 minutos ou até hidratar completamente.
Enquanto isso faça um refogado com a manteiga, a cebola e o alho. Deixe perfumar o ambiente com seus cheiros. Acrescente o tomate, pimentão e a cenoura. Tampe a panela e abafe por 5 minutos em fogo baixo. 
Despeje a canjiquinha e os cogumelos hidratados, misture e vá colocando água o necessário e aos poucos para cozinhar e tomar forma de caldo. Junte a pimenta e o cheiro verde, misture e prove temperando a seu gosto com sal se for necessário e as ervas e especiarias para saborizar.
Nota: aromatizei também com um galhinho de alecrim.
Sirva quente polvilhando mais cheiro verde.

30 março 2017

ALFACE...ALFACE....SABE IDENTIFICAR?

Para não ficar perdido na hora de escolher, como selecionar a variedade certa para cada receita ou salada.
ALFACE LISA
Possui sabor suave, folhas soltas e, como o próprio nome diz, lisas. É um dos tipos mais apreciados no Brasil. 
ALFACE FRISADA
É conhecida também como alface frisée. Contém quantidades razoáveis de vitamina A, niacina, vitamina C, cálcio, fósforo e ferro. Não é um tipo de alface muito fácil de encontrar à venda, mas é perfeita para saladas que levam acompanhamentos de sabores fortes. 
ALFACE AMERICANA
Tem o formato arredondado que lembra um repolho. Sua folhas são mais crocantes e se apresentam em camadas. Se adapta melhor ao calor de outros alimentos sem danificar crocância e sabor. Muito utilizada em sanduíches e saladas que contêm ingredientes quentes, este alface possui um valor nutritivo bem inferior comparada aos outros tipos. 
ALFACE ROXA
Contém uma quantidade maior de antioxidantes comparada às outras alfaces. 
ALFACE ROMANA
Com folhas verde-escuras, longas e crespas, este alface também contém folhas soltas. 
ALFACE MIMOSA
Pode ser encontrada nas versões verde e roxa. Tem as folhas bastante entrecortadas que lembram os formatos de galhos de arvores. Esta alface é superdelicada e muito saborosa. 
ALFACE CRESPA
É a mais comum entre todos os tipos de alface. Rica em fibras, auxilia na digestão e no bom funcionamento do intestino, além de apresentar pequenos teores de minerais como cálcio e fósforo. Tem o formato semelhante a alface lisa com folhas soltas, porém forma pequena ondinhas no topo das folhas. 




Como escolher 
Basicamente escolha o mais bonito e viçoso. Alfaces são vendidos por unidade, então se você não tem um grande consumo não compre o maior, pois esse vegetal é bem delicado e estraga rápido. Se notar as folhas quebradas, amareladas ou com uma 'gosminha' verde escura não compre, pois ela já está bem estragada. 

Dicas 
A alface deve ser servida separada do molho da salada, porque assim não murcham quando servidas e ainda poderão ser guardadas separadamente, servindo para outros pratos. 

As folhas externas da alface, (aquelas de cor verde mais escura) são mais ricas em vitamina A . 

Postagem em destaque

13 DE SETEMBRO DIA DA CACHAÇA _ RECEITAS COM CACHAÇA

O Norte de Minas Gerais em suas inúmeras riquezas, dos seus terroirs espalhado nesta vasta região e o teor especial na classificação do clim...