22 janeiro 2023

ROSQUINHAS DE NATA - O TOQUE DA DELICADEZA

A FORMAÇÃO DA NATA OU DO
CREME DE LEITE FRESCO

Quando o leite recém saído esfria e fica em repouso por algumas horas, muito de seus glóbulos sobem e formam uma camada rica em gordura. Esse fenômeno natural foi, durante milênios, o primeiro passo para obtenção de um creme gordo e a manteiga a partir do leite.

Esta aglomeração de sabor nos presenteia até hoje, desde a manteiga ao creme gordo que fazem parte das inúmeras receitas que percorrem nossas cozinhas.

Cada vez mais rápido nas grandes cidades o leite passa por processos industriais. Mas o tesouro gordo e natural ainda é encontrado nas fazendas de Minas, nas cozinhas tropeiras do Norte MG.
E quando encontramos esses ingredientes naturais, rústicos ainda na sua retirada ou no seu manejo, torna quase uma utopia de prazer o preparo de uma receita, principalmente daqueles que estão longe do Brasil rural.
Receitas que ainda resistem e que são verdadeiros depoimentos de manifesto da continuidade das nossas antigas cozinheiras.

A nata, o creme e o leite gordo chegaram as nossas receitas vindas principalmente de Portugal, da habilidade das freiras e padres nos mosteiros.
Diz "Luiz da Câmara Cascudo: "A doçaria aberta, descoberta nos conventos portugueses prevalecem, sussurram até hoje os nomes que eram confissões, apelos, críticas, murmúrios de queixas: bolinhos de amor, esquecidos, melindres, paciência, raiva, sonhos, beijos, suspiros, abraços, caladinhos, saudades...
E os aromas trazidos de dentro das celas ou de suas cozinhas como os beijos de freira, creme da abadessa, toucinho do céu, papo de anjo, o manjar branco (do céu), pão de ló orelhas de abade, casadinhos, deixaram no mundo vestígios revestidos pela poeira do açúcar, das amêndoas, e da canela cheirosa".
A conquista de Portugal não foi só das terras brasileiras, mas se apossaram da nossa gula e dividiram conosco seus mais secretos segredos da doçaria portuguesa, que também recebeu e dividiu das cozinhas árabes com seus bolos de mel, o alfenim, a alféloa (que tem no Brasil o apelido de puxa-puxa).
Há muito tempo descobri as bolachinhas de nata, faziam parte da merenda ou do café da manhã. Enchiam os potes de vidro da minha cozinha para quem chegasse, ou eram os beliscos de toda hora que se passava perto.

E hoje no resgate do afeto, encontro a nata pura, vinda direto da fonte, claro fiz as bolachinhas!!
O preparo dessas quitandas e dos bolos é a saudação mais profunda e significativa do amor a quem se serve.

Considerações sobre esta receita e seus ricos ingredientes, colhidos dos achados e presentes recebidos:

- Polvilho doce (da região de Capitão Enéas)

-Nata fresca (da região de Teixeira, Augusto de Lima)

- Manteiga (produtor rural de Montes Claros)

- Essência de baunilha (fava de baunilha do Cerrado Norte MG, da região de Pitinha, curtida em cachaça de Salinas)

- O ovo caipira de um quintal amigo

BOLACHINHAS DE NATA

4 xícaras (chá) de polvilho do
ce
1 xícara (chá) de nata fresca
1 colher (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
1 colher (sopa) de essência de baunilha (fava de baunilha do Cerrado Norte MG, da região de Pitinha, curtida em cachaça de Salinas)
1 ovo inteiro
1 xícara (chá) de açúcar
1 pitada de sal fino
1 colher (café) de fermento em pó químico

PREPARO

Em uma gamela ou bacia colocar o polvilho, açúcar, sal e o fermento. Misture.

Junte a nata, a manteiga e o ovo amassado até ficar uma massa macia, homogênea e que consiga modelar as bolinhas. 

Faça rolinhos como nhoque e corte. Amasse levemente com o garfo. Ou faça rolinhos, ou rosquinhas (veja as opções nas fotos).
Coloque uma ao lado da outra em tabuleiro untando com manteiga ou forrado com papel manteiga, leve ao forno 180° por 15 a 20 minutos ou até que fiquem levemente douradas por baixo.

Espere esfriar para retirar cuidadosamente pois são delicadas.
Se quiser passe no açúcar refinado ou no açúcar e coco ou no açúcar e canela.
Assim que sair do forno estão macias, depois de frias, guardar em latas, vidros ou potes as tornam sequinhas e permanecem assim por muito tempo.

12 janeiro 2023

ARROZ DOCE (comida do afeto, da alma)

Cozinha do afeto, de alimentar a alma!! Arroz doce ❤️
Na receita de hoje trago uma releitura do arroz doce das nossas cozinhas mineiras, da merenda da tarde quando as quitandas saiam dos cadernos de receitas e das habilidades de quem preparava os alimentos.

O histórico gastronômico das merendas das cozinhas mineiras tem uma enorme variedade de afetividade e boas ideias. Afinal tudo que era produzido era próprio, familiar! Período que não tínhamos padarias, supermercados, comércio especializado em pães, biscoitos, bolos, etc.

Surgiram receitas, ideias, onde os ingredientes estavam dentro dos depósitos das casas, das cozinhas, dos quintais, das fazendas, da venda nas esquinas onde faziam o papel de comércio de todas as necessidades de compras, anotadas na caderneta e acertado o pagamento (assim como amizade e a confiança) entre as partes.
O arroz doce era simples, cozido em água, (algumas receitas trazem que eles ficavam de molho por uns minutos antes do preparo para empapar mais). Açúcar, às vezes trocada por rapadura ralada, uma pitada de sal e o leite gordo retirado no mesmo dia completavam o cozimento e formava o espesso creme. Era cozinhar em fogo lento (em fogão a lenha, comum nas cozinhas) até formar um creme doce polvilhado com canela assim que ficava pronto.
Servido quente ou frio, encantava a alma e desfilava tranquilamente entre a merenda ou até como sobremesa.

ARROZ DOCE (uma releitura dos tempos atuais, mas que continua uma delícia)
2 xícaras (chá) de arroz cru lavado e deixado
de molho por 10 minutos em água fria
4 xícaras (chá) de água
Raspinhas da casca de limão a gosto (apenas para dar um toque fresco)
1/2 xícara (chá) de açúcar
2 xícaras (chá) de leite (colocado aos poucos e se necessário um pouco mais)
1 xícara (chá) de leite condensado
100 g de coco ralado grosso (uso o coco fresco)
1 pitada de sal
100g de creme de leite
Canela em pó a gosto

*Ingredientes como leite condensado, coco, creme de leite podem ser colocados a gosto. O importante é que o arroz doce fique bem suculento, a medida que esfria vai ficar um pouco grosso mas bem cremoso.
* O coco pode ser seco e uma forma de retirar mais ainda o seu sabor: retire 1 xícara do leite (medida que está na receita) coloque fervendo por cima do coco e aguarde uns 10 minutos. Vai hidratar e o sabor é delicioso. O leite e o coco vão direto para receita.
PREPARO
Leve ao fogo em uma panela grande (para quando ferver não derramar) o arroz, a água, a casquinha do limão e o açúcar. Deixe cozinhar até ficar macio. Adicione o leite, leite condensado, coco ralado e o sal. Misturar de vez em quando para não grudar no fundo da panela e evitar derramar. Quando estiver no ponto de cozimento desejado coloque o creme de leite, misture e desligue o fogo. Despeje em uma travessa ou refratário, polvilhe a canela em pó. Sirva quente ou gelado.

09 janeiro 2023

Crostini X Bruschetas - Qual a diferença?

Crostines 
Delicia da Toscana . Significa “pequenos brindes” em italiano, é composto por pequenas fatias de pão, geralmente pão toscano, que pode ser servido natural ou torrado. As coberturas podem incluir uma variedade de recheios, queijos, carnes, vegetais ou apresentado na forma simples, com um fio de azeite e ervas, ou um molho.
Bruschetas creme de queijos, figos frescos, 
tomate cereja, manjericão e gergelim

Bruschetas 
Vem de "bruscare", que significa “assar sobre carvão”. Ou seja, na origem italiana além de se utilizar de seu pão típico de fermentação natural, ainda teria de ser feito sobre grelha. O crostines pode ser feito no forno mesmo.
Esfregue um dente de alho cru ou assado nas torradas de baguete, coloque o recheio escolhido, que delícia!!

Assim como a bruschetta, os crostinis tem origem na idade média, quando era típico os camponeses italianos comerem suas refeições em fatias de pão em vez de usar louças.
Crostinis lambuzados de alho assado com creme de ricota e queijos, tomate seco, manjericão, azeite

Na região da Toscana os crostines mais típicos são os de: Fegattini (fígado de galinha); erbe (molho de ervas); funghi (variação de cogumelos conforme a estação); salsicha e stracchino (com queijo stracchino, parecido com nosso requeijão e carne moída da linguiça de porco, que é bem temperada, tipo a linguiça toscana vendida no Brasil só que não defumada.
Bruschetas do Sertão
Em pão de queijo aberto, carne de sol desfiada, creme de requeijão moreno, coentro picadinho

Fotos, texto: Bernadete Guimarães e compilações de livros

01 outubro 2022

Brownie de Baru e Baunilha do Cerrado

  • MASSA DO BROWNIE
  • 350 g de chocolate meio amargo de cobertura
  • 100 g de manteiga ou margarina em cubos
  • 1 xícara (chá) de açúcar mascavo
  • ovos
  • 1 colher (sopa) de essência de baunilha do cerrado (a fava em cachaça da região de Salinas, curtida a meses)
  • 1 xícara (chá) de farinha de trigo
  • 1 colher (chá) rasa de bicarbonato de sódio
  • 1 xícara (chá) de baru torrado e moído grosseiramente
  • Manteiga ou margarina para untar o tabuleiro
  • Farinha de trigo para polvilhar
PREPARO
Coloque em uma panela o chocolate e a manteiga ou margarina e leve ao fogo em banho-maria, até obter um creme homogêneo. Adicione o açúcar mascavo e mexa até estar bem dissolvido. 
Bata as claras em neve e acrescente as gemas misturadas com a baunilha um a uma. Misture ao creme de chocolate. 
Adicione a farinha de trigo e o bicarbonato. Se quiser colocar o baru, este é o momento, misture. 
Despeje a massa em uma fôrma retangular pequena (23 x 32 cm), untada e enfarinhada. Asse em forno médio (180 ºC), preaquecido, por cerca de 20 minutos. Corte em quadrados e sirva como preferir:
- com sorvete
- com a calda
- puro
Para que o brownie fique macio depois de frio, retire-o do forno quando o centro ainda estiver ligeiramente úmido.

21 agosto 2022

MANCEBO...MARIQUINHA

              MANCEBO

É uma armação maior em madeira ou ferro que sustenta o coador. Isso porque as famílias antigamente eram numerosas. Para as famílias pequenas existe a Mariquinha, que é mesma coisa do mancebo, mas só que bem menor, com um pequeno coador e uma caneca esmaltada, no lugar do bule.
Coar café no coador de pano é identidade de nosso povo do interior, desde os tempos antigos até os dias de hoje.
Significado de Mancebo: Característico da mocidade, juvenil. Que possui excesso de energia, de vigor; energético. (Eu acredito que a pessoa que nomeou a armação para coar o café pensou exatamente no significado dele: afinal café é energia, vigor).
Mas esse modo de preparo do café coado surgiu apenas anos seguintes, por volta de 1780, na França. Todavia, a popularidade veio anos depois, em 1815, na Inglaterra. Segundo relatos de pesquisadores, os primeiros preparos de cafés coados eram feitos em coadores de algodão ou linho. Contudo, os sabores do tecido eram refletidos e podiam ser percebido facilmente no cafezinho. Certamente, esse método de preparo de café é muito relevante, apesar das ressalvas de sabores. Entretanto, ele simboliza o surgimento do tradicional café coado e é fundamental para a história.
CAFÉ COM SABOR DE PASSADO
… socava-se no pilão, escolhia-se tirando os grãos pretos, cascas, pedras, paus etc.
…torrava-se na panela de ferro ou torradores sobre a chama do fogão a lenha.
…guardava-se em latas grandes mantidas bem fechadas.
… moído na hora em moinhos manuais afixados na parede ou sobre alguma mesa.
…fervia-se água em chaleiras de ferro e/ou alumínio ou canecões.
…colocava-se o açúcar (cristal) na água e o pó de café antes de iniciar a fervura.
… usava-se uma colher de pau para mexer o pó e para facilitar a filtragem no coador.
…o coador era de pano, geralmente de flanela branca, feito em casa e costurado sobre um aro de metal (ferro ou alumínio). O meu é, rsss.
...Para “curtir” quando novo, não usado, era fervido com pó de café (já usado) para tirar o sabor do pano.
...usava-se um suporte (mancebo) para apoiar o coador e, sob ele, ficava o bule.
…o bule de café coado ficava na chapa do fogão a lenha para manter-se quente.
…servia-se em canecas (ferro ágate, alumínio, latas) ou xícaras de louças.
…acompanhava pão feito em casa, bolo de fubá, biscoito de polvilho, queijo e manteiga.

12 agosto 2022

Trem de Minas...Trem do interior...

 

Trem de Minas...Trem do interior...
As "vendas, vendinhas" que persistem e são o principal comércio das cidades do interior. Onde em um só local se tornam o "hipermercado" da cidade. Mas que diferença!!!


Porque os produtos são locais, artesanais, de produtores ou artesãs (ãos) das delícias: doces, biscoitos, rapadura, geléias.
Onde aparecem os nacos gordos ou magros de toucinho do porquinho caipira, a banana ora entregue na caixa, ou o cacho na mão mesmo ao comerciante.



Um ovinho de codorna em embalagem improvisada, balas envoltas em palha de milho
Uauuuuuu!!!🌽
E assim vamos construindo a Cultura Alimentar das nossas tradições, dos nossos dias.
* Açougue, venda, doceria, padaria, centro de artesanato, sacolão de verduras e frutas, e o melhor boas histórias e um bom bate papo, proprietário Sr. Valdecy dos Santos Ramos, em Joaquim Felício, beirando a Serra do Cabral, Norte de Minas Gerais.

04 julho 2022

ESPINAFRE E SUA VERSATILIDADE NAS RECEITAS

 
Refogado é uma delicia!!!

Além do clássico Creme de Espinafre, refogado, cru em saladas, recheio de omeletes ou tortas, filé de tilápia recheado com espinafre ao creme e queijo, pesto de espinafre, panquecas, seja saborizando a massa ou no recheio, em macarrão, hummm... Quanta versatilidade!!

TIPOS DE ESPINAFRE
Entre os produtos hortícolas, o Espinafre é o mais recente na história da Europa, só fointroduzido nos hábitos deste povo no século XI, após os árabes o terem transportado para Espanha. Esta hortaliça crua apresenta, também, um sabor levemente doce que pode ser muito cativante em saladas, contrastando com o sabor ácido que é realçado após cocção. O Espinafre é uma hortaliça com elevada densidade nutricional, pois oferece simultaneamente baixo valor energético e elevado teor vitamínico e mineral. 

Apresenta um sabor levemente doce que pode ser uma delicia em saladas. Se torna levemente ácido quando passa por cocção. Teor vitaminico e mineral e baixas calorias.

CONSERVAÇÃO
Lavar, secar bem acondicionar embalado em sacos plásticos, de silicone ou vasilhas plásticas ou de vidro. Desta forma embalado em boas condições será conservado durante 5 dias.

PARA CONGELAR 

As folhas podem ser congeladas já lavadas, secas e inteiras. Para descongelar vão do congelador direto para panela, seja para refogar ou colocar em sopas, carnes, caldos, etc. Os talos também podem ser congelados já picadinhos para refogar. Coloque as folhas de espinafre em sacolas de congelamento. Retire o máximo de ar que conseguir das sacolas antes de fechá-las.

Que tal começar a consumir e usar mais espinafre em suas receitas!!

CREME DE ESPINAFRE

200 g de espinafre fatiado congelado (uma embalagem)

2 xícaras (chá) de leite

2 colheres (sopa) de manteiga

3 colheres (sopa) de farinha de trigo

noz-moscada ralada a gosto

sal e pimenta-do-reino moída a gosto

100g de creme de leite


PREPARO

Leve uma panela média a manteiga ao fogo baixo. Quando derreter, junte a farinha e mexa bem por 2 minutos, até ficar levemente dourada.

Adicione o leite de uma só vez e mexa vigorosamente com um batedor de arame para não empelotar. Quando a mistura de farinha dissolver, aumente o fogo para médio. Tempere com noz-moscada e cozinhe, sem parar de mexer, até engrossar (cerca de 05 minutos).

Acrescente o espinafre congelado e mexa para que os cubos derretam e o creme fique uniforme. Tempere com sal a gosto.

Cozinhe em fogo médio, sem parar de mexer, por mais 05 minutos (ou até o creme atingir a consistência desejada). Acrescente o creme de leite, misture. Sirva a seguir com bife ou filé de carnes, aves ou peixes. Com grelhados é maravilhoso!!




13 junho 2022

Milho Cozido (o jeito fácil de cozinhar)

 

O milho é o rei das festas juninas!!! Cozido, mingau, assado, cremes, caldos, pamonha....

E é uma delicia!!

Cozinhar espigas de milho: inteiras com casca, sem ter trabalho, principalmente tirar aqueles "cabelinhos"?

Obaaaa!!!

Simmmm!!!

Se quiser retire o excesso de folhas deixando algumas, mas não é necessário. Coloque na panela de pressão para cozinhar em água fervente. Assim que começa a pressão, conte 15 minutos.
Desligar o fogo, deixar acabar a pressão antes de abrir a panela. Suas espigas de milho serão super fáceis de descascar e retirar os cabelinhos, e ficará super macio.
Isso mesmo, o tempo necessário para o cozimento na pressão é apenas de 15 minutos. Quanto mais tempo você deixa o milho cozinhando mas ele fica crespo e duro.

02 março 2022

Biscoito de Goma Frito (doce)

Trem de mineiro tomar café ❤️

Goma, açúcar, sal, ovo, pingos de leite. Óleo para fritar, açúcar e canela para polvilhar, formam o biscoito frito de goma!!! Cozinha do afeto, do conforto do corpo e alma. Minas Gerais sabe fazer isso como poucos. Ainda carrega nas receitas a história, a cultura alimentar, a tradição, o terroir e procedência dos ingredientes. Não é simplesmente uma receita, um biscoito!!! É uma delícia carregada de tudo isso mais o amor das mãos e intenções a quem vai servir e ao momento.

2 xícaras (chá) de goma (polvilho doce)

1 1/2 xícara (chá) de açúcar (cristal)

2 ovos

1 pitada de sal

Pingar leite até dar ponto (vai devagar, o ponto se dá muito rápido)

1 colher (chá) rasa de fermento químico

Biscoito de Goma Frito
PREPARO
Misture todos os ingredientes exceto o leite. Amasse e vá pingando o leite devagar até ficar macia e dar ponto de enrolar. Coloque um pouco de óleo nas mãos, pegue uma porção, amasse um pouco e enrole no formato desejado, rosquinhas ou palito. Fritar aos poucos em óleo não muito quente. O ideal é ir enrolando e fritando. Se a massa ressecar, molhe a mão e amasse novamente.

16 janeiro 2022

COALHADA SECA (Labneh)

 

Trata-se do primeiro alimento transformado que se tem notícia na história da humanidade, e consumida há séculos em todo o Mediterrâneo Oriental, a coalhada é um tipo de leite fermentado de elevado valor nutritivo, pois como ocorre nos demais leites fermentados, os seus elementos são parcialmente pré-digeridos durante o processo de fermentação. Os antigos pastores teriam descoberto as principais transformações do leite deixando-o em repouso, o creme gordo naturalmente se acumula no topo, acidifica e, por fim, coagula-se num grosso iogurte, que por drenagem, separa-se na coalhada sólida.

Aqui servi com bastante azeite, sal, uma pitada de mix de pimentas em grão, pimenta rosa e alecrim.

Pode ser consumida ao natural, pura ou acompanhada de azeite, mel, açucar, utilizada em diversos pratos da culinária libanesa. Deliciosa acompanhando quibes, pão sirio, ou saladas. De sabor suave e muito cremosa a coalhada seca é um prazer a ser degustado. 

O labneh (também chamado labaneh, lebnah, labne ou labni, da palavra em lingua árabe que significa leite) é um componente tradicional da culinária do Oriente Médio Sudeste da Ásia, e, em geral, de todos os países que foram parte do império Otomano.

Sua alta concentração de gordura não o deixa talhar em temperaturas mais altas.

COALHADA SECA

1 litro de leite integral

1 copo de iogurte natural sem sabor (170ml)

PREPARO

Leve o leite ao fogo, quando ferver, desligue e deixe amornar até que não haja mais vapor. Adicione o iogurte e misture com uma colher. Transfira para uma tigela ou vasilha com tampa. Cubra com filme plástico, depois com a tampa da vasilha. Embrulhe com um pano e guarde no forno desligado, no microondas ou dentro de um armário.

Depois de 8 horas leve a coalhada à geladeira. O ideal é fazer da noite para o dia. Assim ela não fica balança daqui...balança de lá...com a abertura e movimento na geladeira. No outro dia, para fazer a coalhada seca, basta deixar a coalhada fresca escorrer por 08 a 12 horas dentro de um coador descartável de papel. 

Coloque o coador de café dentro do suporte de cafeteira e deixe o soro escorrendo em um copo. Se preferir, colocar uma peneira dentro de uma vasilha com tecido fino de algodão de forma que escorra, o soro não deve encostar na massa.



O soro retirado pode ser utilizado em massa de bolo ou de pão. Super nutritivo e saboroso!!

Quando estiver pronta, guardar em vidros limpos e esterilizados ou potes com tampa na geladeira.

Se quiser deixar uma matriz para a próxima coalhada seca, retire 02 colheres (sopa) bem cheias, reserve e utilize no leite fervido, seguindo todo o processo.

Podemos também servir com mel, fica uma delicia!! Enfim sirva a seu gosto, inove, a coalhada seca é um curinga para refeições, aperitivos ou saboreá-la pura com sua fruta preferida!
Salada Fresca com Coalhada Seca
Repolho branco, maçã, cenoura raladas, cebola roxa, azeitonas, uva passa, suco de limão, sal e azeite. 

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